Boas malta.
Desde que fiz a escolha de sair da equipa de rugby do Vitória de Setúbal tinha decidido, que nunca mais escreveria um post neste blog.
No entanto, devido a eventos que aconteceram recentemente, e como não tenho o contacto de toda a gente para mandar um e-mail, senti que devia escrever este post para mostrar o meu ponto de vista e me defender, como acho que tenho o direito.
Começo por dizer que
nunca, em tempo algum, tanto como jogador do Vitória de Setúbal ou depois da minha saída, falei (falo ou falarei) em algum espaço público (nomeadamente em blogs) sobre o Vitória, os seus dirigentes, equipa técnica, equipa ou jogadores seja de que forma fosse.Fiquei muito triste, chateado e deprimido por saber que pensam que sou eu, o responsável pelos comentários negativos feitos em outros blogs.
Senti-me assim porque penso que tanto na altura da minha saída do clube, como posteriormente, nunca faltei ao respeito ao Vitória de Setúbal (como instituição), nem á sua secção de rugby, e muito menos a qualquer pessoa que faça parte desta.
As razões da minha saída fazem parte do passado e não é por ter decidido deixar o Vitória, que fiquei ressabiado, que passei a odiar a equipa ou deixei de vos apoiar como puderam de certeza verificar muitas vezes este ano (todas as vezes que pude fui ver os vossos jogos para vos apoiar e puxar por vocês). Também não embarquei numa cruzada contra o Vitória, nem contra os seus jogadores (sejam argentinos ou portugueses), nem fundei/participei movimentos anti-Vitória.
A partir do momento em que saí, tentei deixar de dar opiniões, palpites ou falar de assuntos relacionados com o Vitória porque embora o tivesse feito como jogador, a partir do momento em que o deixei de ser, não eram assuntos que me diziam respeito.
À semelhança do que acontece com a nossa família de sangue, nós podemos discutir, discordar, ou chatearmo-nos com ela , mas não gostamos e muitas vezes não admitimos que falem mal dela ou que a insultem. O mesmo sinto eu, em relação ao Vitória e à sua equipa porque apesar de já não fazer parte dela, gosto de pensar que tenho muitos (senão todos) amigos nesta equipa.
Custa-me muito e deixa-me triste ver falar mal de vocês, porque já passei por o que vocês passam, e sei o quanto abdicam, se dedicam e sacrificam pelo rugby e pelo clube, e que não é justa a maneira como falam a vosso respeito.
Eu posso ser feio, cabeçudo, odioso e muitas outras coisas, mas quem me conhece, também sabe que sou fiel e sincero e que nunca faria uma coisa tão cobarde como, esconder-me atrás de um perfil anónimo para mandar bocas ou falar mal de amigos meus, ou de um clube de que fiz parte e que tenho orgulho de ter representado muitos anos.
No entanto nunca fugi nem fugirei para lado nenhum. Sempre me responsabilizei por tudo o que disse e assim continuarei a fazer, porque quem não deve não teme.
Sei que nem sempre é possível sair de um clube, de uma equipa e de uma família, e ficar bem com toda a gente e por isso se alguém não me quiser falar, quiser continuar chateado comigo ou fazer de conta que não me conhece, não compreendo mas respeito como sempre o fiz em toda a minha vida.
Em relação a mim, continuarei a apoiar os meus amigos e a estar cá para os ajudar no que puder e conseguir, como sempre fiz.
Não quero com esta carta criar mais conflitos ou polémicas,escrevo-a porque não quero que me julguem por coisas que pensem que eu fiz, mas pelas minhas acções e actos , que nada têm a ver com as apresentadas nos blogs e comentários em questão.
Acabo este post desejando sinceramente à equipa de rugby do Vitória de Setúbal as melhores felicidades, o maior sucesso e que consiga realizar tudo aquilo a que se propôs, e pedindo aos seus jogadores, dirigentes e adeptos que não me envolvam em guerras, das quais eu não faço parte, nem quero ter nada a ver.
Um grande abraço a todos
Bruno Pato